Por Vinicius Takacs
Nenhum vento poderá desviar a minha barca…
Nenhum raio mudará o meu caminho…
Eparrei Oyá!
Sinta a Energia e Vibração Positiva, e o que realmente significa Iansã na Umbanda.
Iansã é a Deusa da Tempestade, do Fogo e da Sensualidade.
Simboliza as mulheres guerreiras e todas as pessoas que têm determinação e vivacidade. Destemida e justiceira, teme nada. Mostra o seu amor e sua alegria contagiante na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio.
É a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. Capaz de grandes esforços para conquistar os homens e para proteger seus rebentos. Sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor.
É o retrato da mulher dos Séculos XX e XXI, a mulher batalhadora que vende quitutes no mercado para sustentar seus noves filhos.
- Iansã é a Paixão
Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão.
É o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido.
- Iansã é o Vento
É agitada como próprio vento, extrovertida e sensual como poucas.
Vento e brisa que alivia o calor, no entanto é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, dos cabelos, que arranca árvores, derruba casas, sustenta o fogo, espalha sementes.
- Iansã é Transformadora
Tem também ligação com a floresta, onde se esconde, entra como mulher e se transforma num búfalo, cujo animal considerado Sagrado e Nobre por muitas tribos, pela sua carne que alimentava o povo, o couro que fornecia suas roupas e abrigos, os ossos que fornecia suas ferramentas.
Propícia a caça e alimento abundante.
- Iansã é o Fogo
É a quentura, o aquecimento, o aconchego e a proximidade. O fogo das paixões, da alegria, o fogo que dá a faísca, o impulso de temperamento forte, sensual e autoritário.
É a lava vulcânica destruidora, a devastação e o incêndio pelas chamas.
- Iansã é o Raio
É a beleza desse fenômeno natural, é o seu poder, a sua eletricidade. É o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões e máquinas.
Iansã esta presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela, é a energia viva, pulsante, vibrante. Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos
- Iansã é a Senhora dos Espíritos – dos Mortos
Senhora dos eguns. É ela que servira de guia, quem indicará o caminho, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo.
Significados
- Nome Iansã: Mãe nove vezes
- Iansã Oyá: Oyá relaciona-se com todos os elementos da natureza.
Oyá é puro movimento, não pode ficar parada para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços.
- Saudação: Eparrei-Oyá! (Êpa-hê-Oyá)
Èépàà – representa uma recomendação de calma, expressando quase terror diante de um poder incontrolável para o homem.
Heyi – é a reprodução do brado gutural emitido por Oyá quando, incorporada em seus filhos identifica-se aos presentes.
- Ponto de Força: Bambuzal, pedreira, beirada do mar, cachoeira, cemitério, sempre em campos abertos.
- Dia da Semana: Quarta-feira juntamente com Xangô.
- Elementos: Vento, chuva, tempestade, raio e fogo.
- Cores: Vermelho, amarelo e coral
- Pedras: Citrino, Topázio Imperial e Âmbar
- Instrumentos:
Eruxin:
Eruexim ou iruexim, chibata feita de rabo de cavalo e/ou búfalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal que Iansã segura em uma das mãos quando dança para impor respeito, proporcionar vento e espantar e/ou encaminhar os eguns (espíritos de baixa luz), é o signo de poder Ioruba.
Espada Flamejante:
De cobre, que faz dela a guerreira do fogo.
Cobre o elemento metálico, de cor característica castanho-avermelhada, univalente e bivalente, maleável, condutor de eletricidade e de calor.
Dois Chifres de Búfalos
Símbolos de virilidade que proporciona a fecundidade e quando emitem som.
Quando Iansã deixa Ogum e decide voltar para floresta dá a seus filhos os chifres para que possam bater em caso de necessidade, com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo os chifres estão presentes nos assentamentos de Iansã.
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Fonte: Trechos retirados da apostila referente ao estudo:
LENDAS, RITUAIS E OFERENDAS DOS ORIXÁS
Escrito e Ministrado por Mãe Mônica Caraccio – Umbanda Carismática
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