Por Vinicius Takacs
É muito comum em nosso meio espiritualista falarmos sobre a divulgação da doutrina da qual fazemos parte. Como devemos entender tal divulgação? Como devemos agir para propagar a palavra de ajuda que um dia recebemos?
O medo de simplesmente assumir que faz parte de uma doutrina espiritualista, devido ao grande índice de preconceito que ainda existe, faz com que os seguidores simplesmente descartem tal ideia e todo e qualquer tipo de trabalho de divulgação.
Quantas vezes não ouvimos as pessoas dizerem “frequento um centro espírita/terreiro de umbanda, gosto muito, estudo, mas sou católico porque fui batizado e minha família toda é!”. Em sua grande maioria, no que posso constatar em minha vivência nesse meio, tal afirmação acontece mais pelo medo da reprovação e pelo preconceito dos outros (inclusive familiares) sobre sua opção religiosa do que por um verdadeiro carinho por outra religião.
Minha intenção aqui não é julgar os que ainda sofrem deste medo, mas sim alertá-los e encorajá-los para que assumam seu verdadeiro sentimento, assim como fez nosso Mestre. E há muitos meios para isso.
Não faz parte da conduta espírita/umbandista sair aos quatro ventos, batento de porta em porta, com o objetivo de doutrinar e se sobrepor sobre as pessoas e seus credos. Vale ressaltar que não estou criticando as religões que assim procedem, pois certamente têm seus motivos e ideias para isso. Apenas afirmo, que nós, espiritualistas, temos em nossas mãos uma maneira muito mais sutil, e eficaz, de divulgar os ensinamentos dos espíritos.
Assim como Jesus fez ao longo de toda sua passagem pelo planeta que hoje habitamos, podemos muito bem nos utilizar de parábolas. Não é necessário abrir o Evangelho Segundo o Espiritismo ou o Livro dos Espíritos e simplesmente repetir suas palavras. É preciso vivê-los. É preciso ser o exemplo.
Vivenciando, dia a dia, tudo que aprendemos em nossas doutrinas, seremos exemplos para os que necessitam. A palavra dada ao amigo que busca auxílio e conforto pode ser dada das mais diversas formas, e se for o caso, sem ao mesmo citar que sua base para tais palavras são religiosas.
Todo cuidado é necessário ao divulgar as verdades espíritas, para que possamos, de uma maneira mais ampla, cumprir com o mandamento “não matarás” – amplamente podendo ser entendido como não tirar uma vida, não matar um sonho, não matar uma fé, uma vontade, um desejo, uma crença, uma alma.
Portanto, fica claro que mais importante do que simplesmente falar, é agir. Lembremos que um dia recebemos tais palavras de conforto e puro conhecimento divino. Saibamos, da melhor forma possível, passar o mesmo conforto e sapiência que um dia tivemos a honra de receber.
Muita Luz!
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