Por Vinicius Takacs
Acordamos, nos banhamos, comemos, saímos antes mesmo do sol nos presentear com seus primeiros raios. Trabalhamos o dia todo, enchemos a cabeça de chateações e preocupações. Voltamos quando o sol já não mais nos agracia com sua presença. Comemos, dormimos mais uma vez.
Dia após dia, por incontáveis vezes, tudo se repete, sem que nos demos conta.
É preciso, as responsabilidades batem a porta. Fomos treinados para isso. Passamos a vida inteira fazendo exatamente o mesmo. Nada pode estar fora de seu lugar, pois senão o caos se instala, seja externamente ou internamente.
Eis que um dia decidimos mudar. E então, como em um gesto proibido, contrariando o movimento de todos que apenas conseguem olhar de seus horizontes para baixo, nos deslocamos para um mundo novo, que mesmo sempre estando ali, passa tão desapercebido… olhamos para cima.
Assim nos damos conta das copas das árvores, tão majestosas, nos envolvendo como em abraços fraternos. Vemos as nuvens, que uma a uma nos contam diferentes histórias. Percebemos, então, as estrelas, reluzentes em um céu banhado pela lua. Infinitos pontos luminosos, que nos fazem lembrar, acima de tudo, o quanto somos pequenos. Nos lembra do quão humilde devemos ser. Do quanto tudo que nossa história já conquistou nada representa na grandeza do universo ao nosso redor.
Percebemos o quanto são injustas nossas reclamações, nossos problemas. Isso pode até nos trazer angústia, mas, se formos fortes o suficiente para olharmos de novo, veremos como todos os sentimentos de medo que essa pequeneza nos trouxe podem virar o único sentimento universal: o amor.
Amor pela possibilidade de fazer parte de tudo isso. De saber que o Pai nos presenteou com tamanha magnitude, embelezando nossos olhos, nossos corações e que podemos ser parte de tudo isso, basta querermos. Vem então a esperança de caminhos melhores, mais majestosos, em prol de nossa própria evolução, pois passamos a entender algo muito básico, mas que foge de nossa percepção diária.
A vida é muito mais do que nossos pequenos olhos podem ver.
Já olhou para o céu hoje?
Muita Luz!
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