Por Vinicius Takacs
Todos temos conhecimento a respeito de nosso esquecimento do passado. O entitulado véu do esquecimento faz com que as recordações de nossas experiências em vidas anteriores fiquem guardadas em nosso subconsciente de forma tão sigilosa que somos incapazes de dizer quem fomos e pelo que passamos.
Este artifício nos é contemplado para que possamos nesta existência atual progredirmos o máximo possível. Se lembrássemos de todas as diferenças e mágoas deixadas nos tempos passados, certamente hoje seríamos incapazes de amar da mesma forma muitos que fazem parte de nossa vida. Isso não é falsidade, é recomeço.
Portanto, o acesso a informações de vidas anteriores deve ser muito cauteloso, para que não abracemos um erro muito comum, o da auto obsessão.
(Outros pontos sobre o véu do esquecimento já foram tratados aqui no blog, e você pode encontrá-los em nosso histórico de postagens).
Ao sabermos do passado, invariavelmente também temos conhecimento de nossos erros. Um assassinato, um roubo, uma separação de casais. Ou ainda, recordações de grandes posições sociais, melhores status.
Todas elas fazem trazem consigo os sentimentos tidos naquela existência. É aí que mora o perigo. Se hoje estamos em posição diferente, isso não nos leva a crer que devemos aprender com essa nova posição, algo que certamente desprezamos anteriormente? Ou seja, se uma hora fomos ricos, não devemos aprender a viver com menos? Se uma hora nos separamos de uma pessoa, não devemos aprender a viver juntos?
Não necessarimente.
Todos devemos aprender e evoluir sim, pois tal é a lei. Contudo, no momento em que tornamos o aprendizado uma obsessão, ele perde sua característica mais básica, que é a nossa evolução.
Usemos o exemplo do casal. Se em vida anterior, por qualquer motivo, não conseguiram cumprir seus votos de amor pela vida toda, é porque houve forte motivo. Se nesta vida decidem se reencontrar para tentar sanar as dívidas do passado, não podemos chamar a isso de um recomeço?
Pois bem, a vida nos ensina que devemos amar a todos como a nós mesmos, e ao Pai sobre todas as coisas. Se este casal nesta existência atual não consegue viver como um verdadeiro casal, mas ainda assim aprendem a se respeitar, a serem verdadeiros amigos, isso já não é aprendizado? Imagine agora, se este mesmo casal toma conhecimento dos erros passados. Muito provavelmente não iriam evoluir da mesma maneira, pois trariam tais erros e sentimentos maléficos novamente a ativa ou então, se obrigariam a estar juntos, mesmo que isso não lhes seja o melhor. Será que todo esse esforço será útil, quando a verdadeira consciência chegar? Ou se cobrarão por terem apenas utilizado seu precioso tempo de maneira tão equivocada?
Não sejamos nosso próprios obsessores. Tenhamos cuidado com as práticas de conhecimento do passado, pois como diz a frase, “cuidado com o que desejas, pois pode conseguir”.
Muita Luz!
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