sexta-feira, 13 de maio de 2011

Homenagem aos Pretos Velhos

Por Herika Sotero

Preto velho

Prezados leitores,

Hoje dia 13/05, dia  da abolição da escravidão no Brasil é também o dia em que se homenageia os Pretos Velhos na Umbanda. Por essa razão o texto publicado hoje é sobre essas carismáticas entidades. Tema sugerido por Stéffany Alves de Almeida.

Pretos-velhos são espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda,rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.

São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.

Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.

A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.

Os Pretos Velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões Afro-Brasileiras. O Preto Velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza, o cachimbo.

Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são: Pai João, Pai Joaquim de Angola, Pai José de Angola, Pai Francisco, Vovó Maria Conga, Vovó Catarina. Pai Jacó, Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luís, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita, Vovó Joana dentre outros.

Na Umbanda os Pretos Velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.

Os pontos servem para saudar a presença das entidades, firmar sua força durante os trabalhos espirituais e envolver a todos os presentes, mas principalmente aos médiuns de incorporação, como uma harmonia a ajudá-los a se desligarem para que esta ocorra.

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Esse texto foi retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Preto-velho. Foi propositalmente postado na íntegra, sem qualquer mudança nas palavras utilizadas. E como tudo o que é pesquisado na internet, tem seu lado bom e ruim. Sei que muitos não concordam com algumas partes escritas, eu mesma não concordo com alguns pontos do texto.

Mas o mais importante disso tudo é sermos críticos e racionalizar sobre as informações obtidas nos diversos lugares, seja em um texto na internet ou mesmo em um centro espírita.

Quando falamos em Preto Velho, temos a figura de um escravo, de um senhor já em idade avançada, apenas para representar um espírito humilde e bastante sábio (pelas experiências adquiridas), o que não significa necessariamente que todos eles já tenham sido escravos em alguma encarnação, mas o que também não exclui essa possibilidade.

Da mesma maneira, pode-se citar a utilização de alguns objetos e substâncias (por exemplo, os cachimbos e bebidas alcoólicas) durante os trabalhos e reuniões espíritas, pois é sabido que não há a necessidade de tal utilização. Salvo em algumas excessões onde é explicada a necessidade de utilização de cada um deles.

O importante, a saber, é que toda essa simbologia comumente encontrada por ai, não precisam realmente ser utilizadas, vai da preferência individual da entidade, e também da necessidade de cada médium, já que este, muitas vezes gosta de tudo aquilo que esta vendo, bem como de fazer alguns “agrados” às entidades, às vezes como forma de agradecimento.

Temos também que levar em consideração que cada espírito é único, assim como cada encarnado, que possuem suas características próprias e um modo particular de trabalho.

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