domingo, 27 de novembro de 2011

Cérebro Quântico

Por Herika Sotero

Cérbro Quântico

Quando recentemente o Dalai Lama esteve nos visitando, divinamente pregou a prática da meditação como cura para diversos estados de mal-estar da existência, bem como uma via para a transcendência. Ensinou-nos que o estado meditativo mediante a prática intensa tende a promover estado mental e de alma diferenciados. Como resultados obtidos, estão: visão de mundo, de realidade, de si mesmo e de status espiritual alcança qualidade positiva de consciência bastante singular. E, por fim, começo de tudo, felicidade e tranqüilidade inatas estabelecem-se no agora absoluto dos praticantes.
Observando estes preceitos, tive a grata surpresa de me encantar com as observações de um neurocientista (infelizmente não me recordo o nome) que ouviu o Dalai Lama. Este conclui que o estado cerebral "meditativo" obtido por intenso treino ensina e doutrina o cérebro no melhor sentido, a funcionar em determinados padrões de ondas mentais. Estado este, também pesquisado no ocidente e utilizado, por exemplo, para determinar rebaixamento de pressão arterial e em programas de feedback visando promoção de saúde nas mais diversas áreas.
Outra pesquisa interessante é que este mesmo estado de ondas e conexões cerebrais podem ser alcançadas quando rezamos e mesmo quando estamos em contato com algo que nos leva a sentimentos de religiosidade. O estado de espírito propício para estas vivências podem advir desta situação cerebral. Como consequência deste tipo de experiência positiva, o bem-estar mental alcançado pela oração pode levar o indivíduo a se programar rezar todas as manhãs promovendo alteração em suas conexões cerebrais. A qualificação que damos a este estado cerebral alcançado é pessoal, neste caso, vai pelo assunto religiosidade.
O fato explanado pelo neurocientista é de que nosso cérebro, nossas mentes são obedientes aos nossos mandatos e treinos. Se nos treinamos neste estado cerebral meditativo, para o oriente, ou de relaxamento, para o ocidente, nossa atividade neuronal se direcionará para o padrão de resposta e sensações repetidamente desenvolvidos para determinado objetivo proposto.
Consciência, foco, determinação e ritmo são regras básicas para nos constituirmos em tudo que intencionarmos. O estado meditativo é apenas um exemplo de como isso pode ocorrer com maestria. Podemos efetivamente mudar padrões em todas as áreas das nossas vidas. Basta exercitar a fórmula "mágica" de repetição, foco e consciência no que se faz, inclusive, para sairmos do piloto automático de e deixarmos definitivamente de sermos robôs de nós mesmos, resultados passivos de uma história de vida que nos molda e que nos moldou muitas vezes à nossa revelia.
De acordo com a teoria acima, o cérebro se treina, e com a prática, as conexões cerebrais mudam o foco para desenvolvimento e aprimoramento de si e auto-superação.
O estado mental da meditação, relaxamento, religiosidade é o mesmo, mas a crença e foco que colocamos nele é o que faz a diferença nos objetivos conquistados. Se atribuirmos um valor religioso para este estado, está tudo certo, se atribuirmos a intenção de baixar a pressão, funcionará também e se focarmos na cura emocional, o cérebro também estará apto ininterruptamente para este estado de desenvolvimento.
E você? Já parou para perceber se está na repetição de situações indesejáveis? Se, sim, fará algo respeito? Agora você já tem o conhecimento de que tudo pode mudar e você tem opção, pode escolher.

Fonte:http://www.stum.com.br/conteudo/c.asp?id=11550

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Entrevista com Rubens Saraceni

Por Vinicius Takacs

Excelente entrevista com Rubens Saraceni, autor de diversos livros, como “O Guardião da Meia Noite”, dando grandes definições como o que significa macumba, exus, entre outros. Não deixe de assistir e comentar!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estudo da Glândula Pineal

Por Vinicius Takacs

Esta série de vídeos, enviados por Vivian Antunes, nos trazem a grande explanação do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, sobre temas de unificação entre medicina e espiritualismo, tratando em especial a glândula pineal.

Parte 01/07
Parte 02/07

Parte 03/07
Parte 04/07
Parte 05/07
Parte 06/07

Parte 07/07

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Visita ao Lar Abrigo Saint Germain – Lição de Vida

Por Hérika Sotero

Neste último sábado, dia 12/11/11, nosso grupo foi entregar as doações recebidas, ao Lar Abrigo Saint Germain. Foram doados diversos artigos, desde produtos de higiene a brinquedos. Nossa arrecadação foi um sucesso, e desde já agradeço a todos que colaboraram.

E como achei significativo, gostaria de compartilhar essa experiência com vocês, leitores.

Depois de definidos data e hora, fomos ao Abrigo, não só entregar a arrecadação como também, passar a tarde e ajudar com o que fosse preciso.

A casa esta localizada no bairro de Pirituba e se mantém com doações e um bazar. É uma casa com amplos cômodos e um grande quintal, onde as crianças brincam em determinadas horas do dia. A casa, hoje hospeda aproximadamente 20 crianças e adolescentes, sendo a mais velha com 13 anos e a mais nova com 2-3 meses de idade.

Foi algo inesquecível, para mim, estar lá, num primeiro momento, minha reação foi somente observar, reparar como cada criança reage de uma forma, umas mais quietas, outras mais extrovertidas, outras com olhar desconfiado, e também, perceber como cada integrante do nosso grupo reagia, algumas pessoas com afinidade maior com crianças de colo, outras com os mais velhos, cada um com seu jeito particular.

Foi tocante, e por alguns momentos, me vi emocionada, e me pegava pensando em todas aquelas crianças, tão novas e com tanta “história de vida” para contar, já é sabido que tudo tem um motivo para acontecer, mas a comparação entre a realidade de vida delas e da maioria das pessoas que conheço, foi inevitável.

Uma realidade diferente, onde as crianças preferem brincar entre elas, ao invés de brinquedos, onde a televisão com programação infantil, mal tinha espectadores, já que todos estavam ocupados com os visitantes; irmãos se dão perfeitamente bem e valorizam essa relação. Os mais velhos cuidam e protegem os mais novos, respeitando tamanho e idade. No quintal onde todos brincavam juntos, mas de brincadeiras diferentes, isso ainda era lindamente respeitado.

Conversando sobre a escola, o assunto era as férias que estão por vir, mas a preocupação era a falta que sentiriam da professora e dos amigos, e a reclamação, era dos alunos que falavam palavrão e faltavam com educação.

Palavras como, ”por favor,”, “obrigado”, “com licença” e “desculpa”, era frequente e a educação de todos eles, impecável, como há muito tempo não via em lugar nenhum.

E pensar que muitas pessoas que possui família, dinheiro, uma vida estável emocionalmente, que não passam necessidade, não possui os mesmos valores, a mesma educação, a mesma percepção de vida... Por outro lado, eles precisam de tanta coisa, no que diz respeito a bens materiais, mas na verdade o que realmente querem é algo tão simples... Algo que a maioria de nós tem, e que nem sempre valorizamos ou agradecemos por isso.

Participar dessa campanha foi recompensador, foi lindo, foi um aprendizado, foi marcante, foi gratificante, uma experiência única. Essa foi só a primeira e espero que sirva de motivação para outras, e que futuramente possamos ajudar muitas pessoas.

Deixo aqui, em nome do Luz de Aruanda, um enorme agradecimento a todos aqueles que colaboraram de alguma forma. Obrigada!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Definições sobre o Espiritismo

Por Vinicius Takacs

Kardec

Saudações irmãos e irmãs!

O texto que apresento hoje é uma adaptação do original de Alamar Régis Carvalho, que recebi por e-mail.


Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalista ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens. Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do 'achismo' e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.

Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta. Vamos aos assuntos:

- Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

- Não existe 'Kardecismo', existe 'Espiritismo'

O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão 'kardecismo', para identificar algo que ele imagina ser uma 'ramificação' do Espiritismo, achando que Espiritismo é um 'montão de coisas' que existe por aí, quando na realidade não é. A palavra 'Espiritismo' foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.

Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação 'Espiritismo', fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de 'kardecismo', verdadeiramente é 'Espiritismo'.

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vale dizer que o Espiritismo não possui nenhum tipo de ritual, como observado em outras crenças. Isso não significa ser melhor, ou se julgar dessa forma, mas apenas não apresentar tais ideais, como giras, sacrefícios, uso de alimentos ou bebidas, atabaques, objetos quaisquer entre outros.

Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa? O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.

A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal 'Kardecismo' se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.

- Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou ou criou Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.

Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa.

Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja.

- Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas pouco mais de 150 anos de idade.

O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.

Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação é infantil e sem sentido.

- Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a apresentem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita. Qualquer afirmativa do tipo que 'alguém tem mediunidade e precisa desenvolver' é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida..

- Sobre o caráter do CENTRO ESPÍRITA

É um local que deve atuar como escola e não como igreja. A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral. Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.

Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus.

Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

- Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Sicrano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão. Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita. Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa. Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas, são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel.

- Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom. Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo. Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendamos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

- Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca têm maior facilidade de sujar. Portanto a citação de 'espiritismo mesa branca' é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.

- Terapia de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita..

- Cromoterapia, piramidologia etc...

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

- Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier 'morreu', e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita. Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

- A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: 'Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência'. Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico. Não é a pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis. Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer. Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

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Não deixem de comentar!

Muita Luz!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Falando um pouquinho mais sobre Perispírito

Por Herika Sotero

perispirito

Perispírito (do gr. peri, em torno, e do lat. spiritus, alma, espírito) é o envoltório sutil e perene da alma, que possibilita sua interação com os meios espiritual e físico.

O perispírito representa um instrumento ou elemento de ligação entre o Espírito e o corpo físico, o que permite a interação do espírito com os mundos espiritual e físico. Ele apresenta características peculiares à identificação de cada indivíduo, ou seja, está relacionado à história e às conquistas evolutivas da pessoa.

Trata-se do “molde” que determina as linhas morfológicas e hereditárias do corpo físico, preservando os mecanismos de manifestação da lei de causa e efeito.

Sob o impulso da mente espiritual, o perispírito transfere paulatinamente a energia vital para o corpo físico, sustentando-o desde a formação até o completo desenvolvimento, garantindo vitalidade ao corpo físico durante o tempo previsto da reencarnação. É no perispírito onde são encontrados os chakras (pontos de energia de diferentes vibrações).

É através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua. Durante a vida, o corpo recebe impressões exteriores e as transmite ao Espírito por intermédio do perispírito, que constitui, provavelmente, o que se chama fluido nervoso. Uma vez morto, o corpo nada mais sente, por já não haver nele Espírito, nem perispírito. Este, desprendido do corpo, experimenta a sensação, porém, como já não lhe chega por um conduto limitado, ela se lhe torna geral. Ora, não sendo o perispírito, realmente, mais do que simples agente de transmissão, pois que no Espírito é que está a consciência, lógico será deduzir-se que, se pudesse existir perispírito sem Espírito, aquele nada sentiria, exatamente como um corpo que morreu. Do mesmo modo, se o Espírito não tivesse perispírito, seria inacessível a toda e qualquer sensação dolorosa. É o que se dá com os Espíritos completamente purificados. Sabemos que quanto mais eles se purificam, tanto mais etérea se torna a essência do perispírito, donde se segue que a influência material diminui à medida que o Espírito progride, isto é, à medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro. Parte da questão 257 de O Livro dos Espíritos, Ensaio teórico da sensação nos Espíritos.

Constituição

"A constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda." ("A Gênese". 36a. Ed., Rio de Janeiro: FEB, 1995, p. 279). Sua natureza varia, não só de acordo com a evolução moral da alma, como, também, com as condições da região ou do planeta em que estagia. Explica KARDEC, a propósito, que o perispírito "é mais ou menos etéreo, segundo os mundos e o grau de depuração do Espírito. Nos mundos e nos Espíritos inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima muito da matéria bruta." ("Obras Póstumas". 26a. Ed., Rio de Janeiro: FEB, 1993, p. 45). Ao revés, nos mundos superiores, esclarecem os Espíritos que "esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Tal é o estado dos Espíritos puros." ("O Livro dos Espíritos", Ed. FEB, cit., it. 186).

Quanto aos Espíritos que estagiam na escola Terra, o corpo perispiritual - a significar agregação de matéria quintessenciada, sustentada pelas linhas de força que emanam da alma - apresenta-se formado, segundo EMMANUEL, "por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrana", mostrando-se como "aparelhagem de matéria rarefeita" e "alterando-se de acordo com o padrão vibratório do campo interno". Por isso, nas almas superiores, essa substância que as envolve pode apresentar admiráveis características de tenuidade e luminosidade, enquanto que, nas mentes primitivas, como salienta o Autor citado, "semelhante vestidura se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço." (XAVIER, Francisco Cândido. EMMANUEL, Espírito. "Roteiro". 9a. Ed., Rio de Janeiro: FEB, 1994, pp. 31 e 32).

É lícito conceber-se que o perispírito - ao menos, para os Espíritos ligados à crosta terrestre - possa ser o resultado da aglutinação da energia cósmica matriz ("fluído cósmico"), adequada à natureza de nosso planeta, sobre um campo originado da própria extensão energética da alma (força espiritual), comportando-se, depois dessa agregação, como uma estrutura de categoria eletromagnética (de ordem física, pois) e formando o envoltório conhecido como o "corpo da alma", necessário, insubstituível e perene, já de textura definida como material - embora tão sutil, que os Espíritos da Codificação usaram o termo semimaterial para qualificá-la. ("O Livro dos Espíritos", item 135).

Funções do Perispírito

Organizador Biológico: O perispírito é o molde fluídico, a "idéia diretriz", o "esqueleto astral" ou o "modelo organizador biológico" do corpo carnal.

Sabemos que o Espírito acompanhado de seu perispírito começa a se ligar ao corpo físico do reencarnante desde o começo da vida embrionária. Como esboço fluídico que é, o Perispírito, vai orientando a divisão celular, ou seja, a sua união com o princípio vito-material do germe. Como campo eletromagnético que é, pode, por isso, ser comparado ao campo do ímã, quando orienta a disposição da limalha de ferro. (Lex, 1993, p. 49 a 54)

Intermediário entre o corpo e o espírito: Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta.

O Perispírito é órgão transmissor, funcionando como um transformador elétrico, no qual a corrente entra com certa voltagem e sai com voltagem diferente. O corpo recebe a impressão, o Perispírito a transmite e o Espírito, sensível e inteligente, a recebe, analisa e incorpora. Mas podemos ter um trajeto inverso. Quando há iniciativa que vem do Espírito, como ordem para o corpo executar, o Perispírito a transmite para o sistema nervoso, que a define como um impulso motor. Essa ordem vai, através dos nervos motores, aos músculos, que se contraem, obedecendo à ordem recebida. Surgem, assim, os movimentos: locomoção, fala, gestos da mímica, canto, salto etc. Alguns movimentos são automáticos, como os da respiração, do bombeamento do sangue pelo coração e, mais profundamente inconscientes, as contrações peristálticas do intestino. Também, nesse caso, a atuação do Perispírito é inegável. (Lex, 1993, p. 57 a 61)

Atuação nas comunicações mediúnicas: As bilocações dos Espíritos são os fatos marcantes que atestam o desprendimento do Perispírito. Kardec, em Obras Póstumas, diz: "Fica, pois, demonstrado que uma pessoa viva pode aparecer simultaneamente em dois pontos diferentes; num, com o corpo real; em outro, com o Perispírito condensado, momentaneamente, sob a aparência de suas formas materiais". (Lex, 1993, p. 62 a 74)

Em todo o ato mediúnico, o Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual, atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório semelhante a um brando choque elétrico reage o perispírito do médium.

Na lição de ANDRÉ LUIZ, transmitida por Francisco Cândido XAVIER, o perispírito apresenta-se como uma "formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta." (XAVIER, Francisco Cândido. VIEIRA, Waldo. ANDRÉ LUIZ, Espírito. "Evolução em Dois Mundos". 13a. Ed., Rio de Janeiro: FAB, 1993, p. 26: Cap. II).

Propriedades do Perispírito

Flexibilidade e expansibilidade: são as duas principais propriedades do perispírito. O perispírito não está preso ao corpo, sem poder desprender-se. Em Obras Póstumas, no capítulo sobre manifestações dos Espíritos, 1.ª parte, item 11, lemos: "O Perispírito não está encerrado nos limites do corpo como numa caixa. É expansível por sua natureza fluídica; irradia-se e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem ampliar mais ou menos".

Plasticidade: alterações morfológicas que ocorrem em função dos contínuos comandos mentais do Espirito. Em decorrência desta propriedade temos a expansibilidade, que confere expansão e exteriorização do perispírito nos fenômenos de desdobramento e doações fluídicas.

Densidade: propriedade que trata das medidas de peso (ponderabilidade) e de luminosidade (frequência vibratória mental), ambas relacionadas à evolução do Espírito.

Penetrabilidade: capacidade de atravessar barreiras físicas, se presentes as necessárias condições mentais.

Visibilidade: O perispírito é normalmente invisível nos Espíritos encarnados. Os desencarnados menos evoluídos percebem o perispírito dos seus pares e dos Espíritos que lhe são inferiores. A visibilidade é comum nos Espíritos superiores. Os Espíritos podem ser visualizados e tocados por meio da propriedade de tangibilidade, comum nas materializações.

Sensibilidade: propriedade de perceber sensações, sentimentos e emoções. Estas percepções não são captadas por meio de órgãos específicos, mas em todo o corpo perispiritual.

Bicorporeidade (desdobramento): O Espírito “faz-se em dois”, permitindo a visualização do corpo físico e do perispírito.

Unicidade: significa dizer que cada pessoa traz no próprio perispírito a soma das suas conquistas evolutivas. Não há, portanto, dois perispíritos iguais.

Mutabilidade: é a propriedade que permite mudanças no perispírito em decorrência do processo evolutivo. A mutabilidade ocorre no que se refere à substância, à forma e à estrutura perispirituais.

Outras propriedades: projeção de estados íntimos visíveis na aura; manifestação de odores; transmissão de calor ou frio etc.

Os Órgãos do Perispírito

Pela simples observação do corpo físico, pode-se deduzir que o perispírito também possui algo semelhante a órgãos, isto é, conjuntos de moléculas cuja configuração especial é destinada à execução de determinadas funções. Evidentemente, tais aglomerados moleculares são apropriados ao funcionamento na vida extrafísica, promovendo a captação e assimilação de energias e fluidos necessários à sua manutenção, que se processam de maneira essencialmente diversa da vida física.

Por isso mesmo, os órgãos do perispírito não podem ser idênticos aos do corpo denso, mas determinam pelas linhas de força que os caracterizam, a conformação e distribuição funcional destes últimos, os quais estão adaptados à execução e às funções específicas conforme a evolução biológica. Os órgãos do perispírito podem ser lesados pela ação desordenada ou maléfica da mente do ser.

O gênero de vida de cada indivíduo carnal determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. O mundo espiritual guarda íntima ligação com o progresso moral que realizamos. Como já vimos anteriormente, à medida que crescemos moralmente, nosso perispírito vai ficando gradativamente mais leve e, assim, podemos nos mover em planos mais sutis.

Modernamente, o perispírito tem atraído o interesse de renomados investigadores, que, inclusive, veem nele um dos mais importantes fatores do processo vital.

Fontes:

http://www.perispirito.com.br/

http://www.espiritismo.org/perisp.htm

http://www.ceismael.com.br/tema/perispirito.htm

http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2654&catid=81